Filmes e seriados são base de entreterimento que unem pessoas ao redor do mundo. Muitas vezes, sendo educativos, e mudando nossos conceitos e idéias próprias a respeito da vida. Chegam até mesmo a nos emocionar. Este blog é organizado por um grupo de estudantes de Jornalismo e Relações Públicas, residentes em Belo Horizonte/Betim, MG. Diogo Leão, Lorena Diniz, Luiz Henrique, Sabrina Assumpção e Thiago Alves, juntos, convidam à você, querido leitor a ler, comentar e mergunlhar nesse mundo ilimitado!



sábado, 22 de maio de 2010

CRIAÇÃO



Já havia comentado em alguma postagem anterior, que adoro quando histórias reais se transformam em filmes. Essa é uma maneira de conhecermos a respeito de algum personagem e sua herança deixada para o avanço da humanidade. Mas, o problema é conseguir dar total credibilidade aos fatos narrados ali, na produção cinematográfica. O trabalho do biógrafo não se baseia apenas em pegar centenas de livros sobre aquele personagem para ler e montar um roteiro. Ouvi em um debate uma vez, que ser biógrafo, é ser jornalista, detetive, historiador, psicólogo e outros mais. É ter que voltar na época do fato narrado para tentar entender o que levou o personagem biografado a ter sua exaltação no cotidiano atual.

Isso se complica ainda mais quando temos um personagem ao nível de Charles Darwin, o pai da evolução biológica. Tão respeitado e reverenciado nas rodas acadêmicas de maior conceito a nível mundial. Darwin, defendeu a idéia de que a espécie humana divide um ancestral comum. E é isso que achei que faltou no filme. Exatamente a tese que levou Darwin a ser conhecido por todo o mundo, e que fez este homem revolucionar toda a ciência contemporânea. Durante todo o filme dá-se a entender que Darwin teve apenas uma idéia inicial do que seria a teoria denominada Evolução das Espécies. Tudo bem, que o filme não foi feito pra substituir as aulas de biologia no ensino médio, mas, os produtores poderiam ter deixado um pouco mais claro a respeito do pensamento que é reconhecido em escala mundial.

O filme foca mais na vida pessoal de Darwin. Achei interessante ver a vida de Darwin por este ângulo, pois, pensamentos que levam a grandes teorias não surgem na vida de grandes cientistas do dia pra noite. Tudo está interligado. A vida pessoal, os traumas de infância, as relações no decorrer da vida do personagem descrito. E o maior choque da vida de Charles Darwin foi a morte de Annie Darwin, que segundo o filme deu-se a entender que fora sua filha preferida, ou, a que ele tivesse mais afinidade. Fora isso, mostra conflitos que Charles tivera com sua esposa, até mesmo por ele ter insistido em suas pesquisas que segundo a Sra. Darwin, era o mesmo que virar as costas pra Deus, perder a fé. Nota-se que não é muito distante disso. De alguma maneira, segundo o filme, Charles perde sua fé. Não fica explícito se é a fé em Deus, na vida, ou até em seus estudos. Isso tudo, o faz enlouquecer-se e perder o controle que só é recuperado quando volta a ter fé na família.

É um filme comovente e que apresenta outro lado da vida de Charles Darwin desconhecida pela maioria. Mas, voltando ao que disse inicialmente, é uma biografia, e biografias raramente são idênticas à história real. Pois, há fatos que apenas o personagem saberá o que ocorreu e de que forma ocorreu e, que as vezes ficam floreados pelos biógrafos. Por isso assim como eu, recomendo que assista ao filme com uma desconfiança insaciável.

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